No texto É Proibido Proibir, Caetano Veloso relata alguns capítulos decisivos na história da cultura brasileira.
A partir de uma sugestão insistente de seu produtor, inspirado no anarquismo francês do final da década de 60, Caetano conta o processo de composição da música que dá nome ao texto. Como que levado por circunstâncias especiais, em pouco tempo, estava ele a concorrer com a canção no 3° Festival Internacional da Canção, fase nacional, em 1968.
Sem nada a perder, recorreu a experimentalismos estéticos que chocaram a plateia majoritariamente estudantil, identificada com o nacionalismo esquerdista.
Mesmo não se importando com tal festival, Caetano e sua canção foram aprovados pelo júri e passaram de fase. A composição de Gilberto Gil, com sua adaptação “hendrixiana”, não comoveu e foi eliminada. O que inconformou Caetano, disposto, então, a “avacalhar” de vez com os envolvidos no evento transmitido pela TV Globo. Tanto assim que o autor relata isto sobre a sua reação na época: “o discurso que improvisei foi moldado pelo sentimento que me inspiravam as caras que eu via na plateia, sua raiva e sua tolice”.
Caetano identificava uma juventude atrasada e cega, que não admitia estar no caminho errado e nem disposta a perceber alguém ou alguma coisa que a pudesse levar aonde queria, mas não pelo caminho que desejava. Por isso, a frase dele na segunda apresentação de É Proibido Proibir, direcionada ao público intolerante: “Essa é a juventude que diz que quer tomar o poder? Se vocês forem em política como são em estética, estamos fritos”.
O autor detalha, depois de passado o turbilhão do festival, a oportunidade concedida a ele e a Gil na noite carioca, a qual impressionou a artistas estrangeiros pela qualidade da renovação musical que estava em curso e que, de acordo com Caetano, provocou “terríveis consequências”.
Utilizando-se de uma linguagem leve, por vezes informal, um dos principais símbolos da arte brasileira remete-nos, através da escrita, a um episódio histórico no plano político e cultural do país, à época em que a ditadura inaugurava seu período mais repressivo.
E faz de seu texto um registro importante – afinal nem todos tiveram a oportunidade de vivenciar o que ele descreve – dos bastidores, da apresentação e dos reflexos de sua composição, que mais tarde, sim, teve a merecida compreensão.
A partir de uma sugestão insistente de seu produtor, inspirado no anarquismo francês do final da década de 60, Caetano conta o processo de composição da música que dá nome ao texto. Como que levado por circunstâncias especiais, em pouco tempo, estava ele a concorrer com a canção no 3° Festival Internacional da Canção, fase nacional, em 1968.
Sem nada a perder, recorreu a experimentalismos estéticos que chocaram a plateia majoritariamente estudantil, identificada com o nacionalismo esquerdista.
Mesmo não se importando com tal festival, Caetano e sua canção foram aprovados pelo júri e passaram de fase. A composição de Gilberto Gil, com sua adaptação “hendrixiana”, não comoveu e foi eliminada. O que inconformou Caetano, disposto, então, a “avacalhar” de vez com os envolvidos no evento transmitido pela TV Globo. Tanto assim que o autor relata isto sobre a sua reação na época: “o discurso que improvisei foi moldado pelo sentimento que me inspiravam as caras que eu via na plateia, sua raiva e sua tolice”.
Caetano identificava uma juventude atrasada e cega, que não admitia estar no caminho errado e nem disposta a perceber alguém ou alguma coisa que a pudesse levar aonde queria, mas não pelo caminho que desejava. Por isso, a frase dele na segunda apresentação de É Proibido Proibir, direcionada ao público intolerante: “Essa é a juventude que diz que quer tomar o poder? Se vocês forem em política como são em estética, estamos fritos”.
O autor detalha, depois de passado o turbilhão do festival, a oportunidade concedida a ele e a Gil na noite carioca, a qual impressionou a artistas estrangeiros pela qualidade da renovação musical que estava em curso e que, de acordo com Caetano, provocou “terríveis consequências”.
Utilizando-se de uma linguagem leve, por vezes informal, um dos principais símbolos da arte brasileira remete-nos, através da escrita, a um episódio histórico no plano político e cultural do país, à época em que a ditadura inaugurava seu período mais repressivo.
E faz de seu texto um registro importante – afinal nem todos tiveram a oportunidade de vivenciar o que ele descreve – dos bastidores, da apresentação e dos reflexos de sua composição, que mais tarde, sim, teve a merecida compreensão.
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